"Onde está Cristo Jesus, está na Igreja Católica." (Santo Inácio de Antioquia)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Igreja: inimiga íntima


Com a renúncia do Papa Bento XVI e a perspectiva do Conclave que elegerá seu sucessor, a Igreja volta à crista da notícia. E os assuntos de que se tratam são pitorescos: todos ligados a intrigas e escândalos verdadeiros ou cavados, para apimentar o noticiário. São tantas suposições, intrigas, ilações maldosas... Que pensar dessa enésima presepada? Duas coisas, aparentemente contraditórias, paradoxais, mas ambas verdadeiras.
(1) O mundo não quer saber a motivação profunda da vida e da moral católica; já não compreende o que é ser cristão, não consegue distinguir o cristianismo de uma pretensão de ser politicamente correto... Não quer saber nem pode compreender, porque todas as exigências do cristianismo nascem do encontro com Alguém que o mundo jura que está morto, mas que os cristãos sabem que está vivo, ressuscitado; Alguém a Quem amamos, que nos interpela, que é exigente e faz de nós criaturas novas. A moral cristã somente pode ser compreendida plenamente por corações renovados. Diante dessa não compreensão da novidade do Evangelho, diante dessa incapacidade de apreciar e saborear as coisas que nascem do encontro com Cristo no Espírito, o mundo olha o cristianismo como algo meio exótico e anacrônico. Resta-lhe, então, apegar-se a questões pitorescas, escandalosas e polêmicas – presentes na Igreja desde o princípio do cristianismo. E nisso fica. Eis a agenda cristã para o mundão: preservativos, moral sexual, casamento dos padres, união gay, ordenação de mulheres, e por aí vai. Como se essas coisas fossem o essencial. Mas, a questão é outra: é a de ter encontrado o Senhor, de aderir a Cristo com paixão, experimentá-lo de verdade, nele crendo e estando disposto a por ele dar a vida.
(2) Por outro lado, paradoxalmente, o mundo se incomoda com o que a Igreja pensa e fala. Só agora, já são mais de 5000 jornalistas credenciados para acompanhar o Conclave! É que este Ocidente neopagão não pode passar sem a Igreja! Nasceu cristão católico, foi forjado pela Igreja, tornou-se parcialmente protestante, mas seu inconsciente continua cristão! A Igreja é como uma incômoda voz da consciência, que se deseja calar e não se consegue. O Ocidente precisa ainda ouvir a Igreja dizer a verdade, ainda que ele critique e amaldiçoe essa “velha bruxa” católica. Sem a Igreja, o Ocidente decairia de vez! Ele continuará precisando da Igreja, nem que seja para brigar com ela e dizer que a odeia... É como uma senhora ateia que, na eleição de Bento XVI, escrevera a um jornal italiano: “Sou ateia, mas sinto-me feliz pela eleição do novo papa, pois não posso me sentir segura na vida sem saber que, na janela do Vaticano, existe aquele homem vestido de branco, que nos alerta para coisas que gostaríamos de esquecer, mas que, ao fim das contas, nos permite continuar vivendo de modo mais ou menos decente”.
Pense nisso...

Dom Henrique Soares da Costa

“Se eu não fosse Católico…”




Se eu não fosse Católico e estivesse procurando a verdadeira Igreja no mundo de hoje, eu iria em busca da única Igreja que não se dá muito bem com o mundo. Em outras palavras, eu procuraria uma Igreja que o mundo odiasse. Minha razão para fazer isso seria que, se Cristo ainda está presente em qualquer uma das igrejas do mundo de hoje, Ele ainda deve ser odiado como o era quando estava na terra, vivendo na carne.

Se você tiver que encontrar Cristo hoje, então procure uma Igreja que não se dá bem com o mundo. Procure por uma Igreja que é odiada pelo mundo como Cristo foi odiado pelo mundo. Procure pela Igreja que é acusada de estar desatualizada com os tempos modernos, como Nosso Senhor foi acusado de ser ignorante e nunca ter aprendido. Procure pela Igreja que os homens de hoje zombam e acusam de ser socialmente inferior, assim como zombaram de Nosso Senhor porque Ele veio de Nazaré. Procure pela Igreja, que é acusada de estar com o diabo, assim como Nosso Senhor foi acusado de estar possuído por Belzebu, príncipe dos demônios .

Procure a Igreja que em tempos de intolerância (contra a sã doutrina,) os homens dizem que deve ser destruída em nome de Deus, do mesmo modo que os que crucificaram Cristo julgavam estar prestando serviço a Deus.

Procure a Igreja que o mundo rejeita porque ela se proclama infalível, pois foi pela mesma razão que Pilatos rejeitou Cristo: por Ele ter se proclamado a si mesmo A VERDADE. Procure a Igreja que é rejeitada pelo mundo assim como Nosso Senhor foi rejeitado pelos homens. Procure a Igreja que em meio às confusões de opiniões conflitantes, seus membros a amam do mesmo modo como amam a Cristo e respeitem a sua voz como a voz do seu Fundador.

E então você começará a suspeitar que se essa Igreja é impopular com o espírito do mundo é porque ela não pertence a esse mundo e uma vez que pertence a outro mundo, ela será infinitamente amada e infinitamente odiada como foi o próprio Cristo. Pois só aquilo que é de origem divina pode ser infinitamente odiado e infinitamente amado. Portanto, essa Igreja é divina .”

Arcebispo Fulton J. Sheen, Radio Replies, Vol. 1, p IX, Rumble & Carty, Tan Publishing - Tradução: Gercione Lima


Fonte: Frates in Unum

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Medalha de São Bento


   A medalha de São Bento não é um "amuleto da sorte". Trata-se de um sacramental, isto é, um sinal visível de nossa fé. 
    O uso habitual da medalha tem por efeito colocar-nos sob a especial proteção de São Bento, principalmente quando se tem confiança nos méritos de tão grande Santo e nas grandes virtudes da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo! São numerosos os fatos maravilhosos atribuídos à esta medalha. Ela nos assegura poderoso socorro contra as ciladas do demônio e também para alcançar graças espirituais, com conversão, vitória contra as tentações, inimizades etc. 
    Contudo, a medalha não age automaticamente contra as adversidades, como se fosse um talismã ou vara mágica. 
    Todo Cristão, a exemplo de Jesus Cristo, deve carregar a sua cruz. Pois, é necessário que nossas faltas sejam expiadas; nossa fé seja ; provada; e nossa caridade purificada, para que aumentem nossos méritos. 
    O símbolo da nossa redenção, a cruz, gravada na medalha não tem por fim nos livrar da prova; no entanto, a virtude da cruz de Jesus e a intercessão de São Bento produzirão efeitos salutares em muitas circunstâncias, a medalha concede, também, graças especiais para hora da morte, pois, São Bento com São José são padroeiros da boa morte. 
    Para se ficar livre das ciladas do demônio é preciso, acima de tudo, estar na graça e amizade com Deus. Portanto, é preciso servi-lo e amá-lo, cumprindo, todos os deveres religiosos:Oração, Missa dominical, recepção dos Sacramentos, cumprimento dos deveres de justiça; em uma palavra, cumprimento de todos os mandamentos da lei de Deus e da Igreja. Nem o demônio, nem alguma criatura, tem o poder de prejudicar verdadeiramente uma alma unida a Deus. 
    Em resumo, o efeito da medalha de São Bento depende em grande parte das  disposições da pessoa para com Deus e da observância dos requisitos acima mencionados. 




ORAÇÃO
A Cruz Sagrada seja a minha luz,
Não seja o dragão o meu guia.
Retira-te Satanás,
Nunca me aconselhes coisas vãs.
É mal o que tu me ofereces,
Bebe tu mesmo os teus venenos

A Medalha de São Bento, onde está gravada esta famosa oração, é considerada um
sacramental, quer dizer, um sinal poderoso de fé. Diz-se que o uso da medalha protege contra as artes do demônio e concede graças, como a vitória sobre os inimigos e, é claro, sobre a tentação.
Na frente da medalha aparece uma cruz e as letras C S P B gravadas. Estas letras são abreviações da frase em latim: Cruz Sancti Patris Benedicti ou Cruz do Santo Pai Bento.
Na haste vertical da cruz estão gravadas as letras: C S S M L que significam Crux Sacra Sit Mihi Lux ou A cruz sagrada seja minha luz.
Na haste horizontal, as iniciais N D S M D: Non Draco Sit Mihi Dux ou Não seja o dragão (demônio) meu guia.
No alto da cruz está gravada a palavra PAX ou Paz, que é o lema da Ordem de São Bento.
Procure, a partir da direita da palavra PAX, as iniciais: V R S N S M V que significam Vade
Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana ou Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas
vãs. E as letras S M Q L I V B: Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas ou É mau o que me
ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos.
A imagem de São Bento aparece no verso da medalha. Ele segura na mão esquerda o livro da
Regra que escreveu para os monges chamados beneditinos. Na outra mão, ele segura a cruz.
Ao redor da medalha, lê-se Eius in Obitu nro Praesentia Muniamur , que quer dizer: Que São
Bento nos conforte na hora da nossa morte.
É representado também a imagem de um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um
pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento, das quais São Bento
saiu, milagrosamente, ileso.

Benção da Medalha

Já foi visto a grande eficácia da Medalha de São Bento. Mas para que os fiéis obtenham todos
os benefícios da Medalha é necessário que ela seja benta com uma benção especial.
Há que se fazer uma distinção sobre as bênçãos. O Sacerdote pode benzer um objeto
religioso, porém para certos tipos de atos é necessária uma benção especial que é
devidamente aprovada para isso. E mesmo assim, não é todo o Sacerdote que está autorizado
a dar referida benção especial. Por exemplo: quando a pessoa vai usar o escapulário do
Carmo, a imposição do escapulário é precedida de uma benção sobre o escapulário que
somente Sacerdotes devidamente autorizados por um privilégio especial podem faze-lo. Da
mesma forma a Medalha de São Bento. Além dos Beneditinos, alguns outros Sacerdotes
podem benzer a Medalha de São Bento, mas necessitando para isso uma autorização ou obter
um privilégio da Igreja para esse fim.
Da mesma forma o uso do escapulário. Para impor o escapulário o Padre deve ter autorização
para isso.
Sua Santidade o Papa Bento XIV escreveu um BREVE em 12 de março de 1742, aprovando a
Medalha com a Cruz, a efígie de São Bento e os caracteres que ela apresenta. Sancionou a
fórmula da benção que lhe deve ser aplicada, e concedeu numerosas indulgências aos que a
levassem consigo.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Escapulário do Carmo


Privilégios do Escapulário

"Não, não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça nossa 

predestinação tão certa..." (São Cláudio de la Colombière, S.J.)

1. É um sinal de aliança com Nossa Senhora. Por seu uso, exprimimos nossa consagração a Ela;

2. É um sinal de salvação. Quem morrer com ele não padecerá o fogo do inferno;

3. A Santíssima Virgem livrará do purgatório, no primeiro sábado depois da morte, todos os que o portarem;

4. É um sinal de proteção em todos os perigos.



Consiste em dois pedaços de pano marrom, unidos entre si por um cordão. Um pedaço de pano traz a estampa de Nossa Senhora do Carmo, e o outro a do Sagrado Coração de Jesus, ou o emblema da Ordem do Carmo. A palavra latina “scapulas” significa ombros, daí designar-se Escapulário este objeto de devoção colocado sobre os ombros.
Para os religiosos carmelitas, é símbolo de consagração religiosa na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Para os fiéis leigos, para o povo, é símbolo de devoção e afeto para com a mesma Senhora do Carmo. Nos meios populares, é conhecido como “bentinho do Carmo”.
“Para a Igreja, entre as formas de devoção mariana, está o uso piedoso do Escapulário do Carmo, pela sua simplicidade e adaptação a qualquer mentalidade” (Papa Paulo VI). Maria, Mãe de Jesus, é a “mulher que pisa na cabeça da serpente” (Gn 3,15), e aparece “vestida de sol, tendo a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça” (Ap 12,1-17).

Origem do Escapulário

No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo, reuniram-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos imemoriais ( Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra "carmelo" quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e passavam por grandes dificuldades. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu a Nossa Senhora, um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos.
Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a promessa: "Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.
Quem segue Jesus e é devoto de Maria Santíssima, caminha a passos seguros no caminho da salvação. O escapulário é sinal da proteção de Maria.
A festa de Nossa Senhora do Carmo é celebrada todo 16 de julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de 1726, pelo papa Bento XIII. O papa João Paulo II, ao declarar que usa o escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é signo de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João”(Jo 19, 25-27).

Os Santos e o Escapulário
  
Eis aqui alguns exemplos do apreço de Santos ao Escapulário do Carmo:
- São Simão  Stock, que teve a dita de receber o Escapulário das mãos da Rainha do Céu, no mesmo dia o tocou no corpo de um moribundo impenitente, obtendo o primeiro milagre do Escapulário com a imediata conversão do doente.
- São João da Cruz,  ao perguntar muitas vezes ao frade que o assistia em sua última doença, que dia da semana era, explicou: “ Pergunto porque me veio agora  à memória quão grande benefício  é o que faz Nossa Senhora aos religiosos de sua Ordem que portaram seu hábito e fizeram o que esse privilégio pede”. Realmente faleceu na alvorada de um sábado, 14 de dezembro de 1591.
- Santa Teresa de Jesus com freqüência se gloriava de portar o escapulário “como indigna Carmelita”. E zelava para que suas  religiosas não deixassem de dormir com ele posto. Dirigindo-se a elas, escrevia: “Só posso confiar na misericórdia do Senhor... e nos merecimentos de Seu Filho e da Virgem Maria Santíssima, Sua Mãe, cujo hábito indignamente trago e vós trazeis”.
- Santo Afonso Maria de Ligório não só usava o Escapulário, mas o recomendava  insistentemente aos fiéis. O Escapulário com o qual foi enterrado permaneceu incorrupto no sepulcro, e é hoje venerado num relicário em Marianella, sua cidade natal.
- São Pedro Claver serviu-se incessantemente do Escapulário do Carmo em seu apostolado com os negros na Colômbia. Conserva-se uma pintura representando-o no leito de morte, com um crucifixo em uma das mãos e o Escapulário sobre o peito; em volta à sua cama, muitos negros com o Escapulário ao pescoço, beijando os pés e as mãos do missionário.
- São João Bosco recebeu-o na infância  e o difundiu durante toda a vida. Enterrado em 1888 com o Escapulário, em 1929 foi encontrado o mesmo em perfeito estado de conservação, sob as vestes apodrecidas e os mortais mumificados desse grande apóstolo e incomparável educador da juventude.
- São BoaVentura dizia: “Desafoguem o peito diante da Virgem do Carmo os pecadores mais empedernidos: revistam-se do seu Santo Escapulário e Ela os conduzirá ao porto da conversão. Honrem-na com o uso do Escapulário e demais obrigações ou obséquios da Confraria.

Privilégio Sabatino

A predileção de Nossa Senhora pela Ordem do Carmo foi confirmada, de modo ainda mais maternal, no século seguinte, quando, aparecendo ao papa João XXII, prometeu-lhe especial assistência aos que trouxessem o seu escapulário, e que os livraria do purgatório no primeiro sábado após sua morte. Essa segunda e sublime promessa é conhecida como privilégio sabatino.
Por Carmelitas se entendiam os membros das confrarias do Carmo. Entretanto, concedeu depois a Igreja a várias ordens religiosas a faculdade de benzer também pequenos escapulários e impô-los aos fiéis, independentemente de estarem ligados ou não às referidas confrarias. Assim, estendem-se também a todos os que portam o Escapulário do Carmo aquelas mesmas promessas da Mãe de Deus. Deste modo, a divulgação do escapulário passou a ser universal, e juntamente com o rosário, um dos símbolos do católico piedoso e servo de Maria.
Mais de trinta Papas recomendaram o escapulário, usaram-no, propagaram-no com palavras as mais belas que o vocabulário humano permite. Em todo o mundo, mais de cem mil sacerdotes e bispos também o recomendaram ardentemente, por sete séculos, e milhões de católicos o vêm usando.
Um dos sintomas mais reconfortantes de religiosidade e devoção marianas que está se generalizando, é certamente o uso do Escapulário do Carmo, especialmente entre os jovens. O escapulário do Carmo tornou-se o veículo seguro, eficaz e mais fácil de garantir a eternidade!.
  
Histórico da Grande Promessa sobre o Escapulário de N. Sra. do  Carmo

Na  Idade Média, o escapulário era uma espécie de avental que caía na frente e atrás  – “scapulas” – palavra latina que significa ombros, e era usado sobre uma roupa comum, pelos eremitas estabelecidos no Monte Carmelo, na Palestina, e que deu origem à Ordem do Carmo. Viviam em pequenos eremitérios, da oração e da mendicância, até que com a conquista da Terra Santa pelos mulçumanos, tiveram que fugir para a Europa. Como já existiam outras ordens também mendicantes, eles não foram bem recebidos e encontraram grandes dificuldades, passando até pelo risco de extinção.
Foi então que o Carmelita Simão Stock, homem penitente e de grande santidade, foi eleito Superior Geral da Ordem. Angustiado com a situação em que se encontravam os seus irmãos carmelitas, começou a suplicar incessantemente a Nossa Senhora que protegesse a sua Ordem.
Assim, no dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, Nossa Senhora apareceu-lhe com o menino Jesus nos braços e rodeada de anjos. Apresentou-lhe, então, um escapulário, dizendo-lhe: “Recebe, filho muito amado, este escapulário da tua ordem, sinal de minha confraternidade. Será um privilégio para ti e para todos os Carmelitas. Todo o que com ele morrer não padecerá do fogo eterno. Ele é, pois um sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e de pacto sempiterno”.
O Padre Simon Maria Besalduch, em sua obra “Enciclopédia Del Escapulario del Carmen”, nota que São Simão pediu à Virgem “um signo, um sinal, de sua graça que fosse visível aos olhos de seus inimigos”. E que Ela, ao entregar-lhe o escapulário, “declara que o entrega a ele e a todos os Carmelitos como um signo de sua confraternidade e um sinal de predestinação”.


A Medalha-Escapulário

Talvez muitos Católicos não o saibam. Mas é desejo do Santo Padre, o Papa, que seja usado, de preferência, o Escapulário de tecido, e que a Medalha-Escapulário o substitua apenas havendo um motive suficiente. Maria não pode ficar contente com aquele que substitui o Escapulário pela Medalha só por vaidade, ou por receio de fazer uma profissão aberta da sua religião. Tais pessoas correm o risco de não receber a Promessa. Enquanto o Escapulário Castanho de tecido tem atribuições milagrosas, devido à sua história, a Medalha do Escapulário não as tem.

Para mostrar que ama o Escapulário de Maria, venere-o frequentemente

O Papa Bento XV concedeu uma indulgência de 500 dias, por cada vez que se beija o Escapulário. A Maternidade de Maria não se limita a Católicos; estende-se a todos os homens. Muitos milagres de conversão se têm operado em favor de pessoas boas que, embora não sejam Católicos, foram induzidas a praticar a devoção do Escapulário. “Quero saber se, realmente, Maria se interessa verdadeiramente por mim. E no Escapulário Ela tem-me dado a segurança mais tangível. Só tenho de abrir os olhos. Ela uniu a Sua protecção a este Escapulário: ‘Qualquer pessoa que morra com ele posto não sofrerá o fogo eterno.’”
. . . Santo Claude de la Colombière


Importante:

Quando a pessoa vai usar o escapulário do Carmo, a imposição do escapulário deve ser precidida de uma benção que somente sacerdotes devidamente autorizados por um privilégio especial podem fazê-lo.






Fonte: Basílica Nossa Senhora do Carmo
           A Associação de Fátima

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Escapulário Verde


“Coração Imaculado de Maria, rogai por nós, agora e na hora da nossa morte” 
O Escapulário Verde, aprovado pela Igreja, foi revelado pelo Imaculado Coração de Maria a Sóror Justina Bisqueyburn, religiosa das Irmãs de Caridade de S.Vicente de Paulo, que entrou no noviciado de Paris em 27 de novembro de 1839.
Graças e milagres de toda a ordem, quer do corpo, quer da alma, tem sido obtidos por seu intermédio. Quantas curas! Quantas conversões!...A Bênção da Igreja aplica-lhe, por intercessão do Imaculado Coração de Nossa Mãe Maria Santíssima, algo do capital imenso, depositado, por Deus, no Seu Seio de Misericórdia. Verde é a cor da esperança, e em Maria depositam não só os justos, mas também, os pecadores – ainda os mais inveterados – todos os seus receios, angústias e necessidades, buscando remédio e auxílio.
Mas a eficácia especial deste escapulário manifesta-se, sobretudo, em obter a conversão (que, por vezes julga-se impossível) dos pecadores considerados impenitentes ou já perdidos, principalmente quando, por ignorância ou desespero, recusam os Sacramentos.
CONDIÇÕES PARA RECEBER OS BENEFÍCIOS DESTE ESCAPULÁRIO
*O Escapulário Verde, como disse a Santíssima Virgem, por ser benzido, com o sinal da Cruz por qualquer Sacerdote e depois qualquer pessoa o pode distribuir.
*Deve trazer conosco.*Deve dizer-se ao menos uma vez por dia, a seguinte oração: “Imaculado Coração de Maria rogai por nós agora e na hora da nossa morte”.
*Tratando-se de doentes ou pecadores impenitentes, que não o aceitem, ou não queiram nem possam rezar a oração, podemos deixá-lo na habitação onde moram ou ocultá-lo na roupa, dizendo alguém diariamente, em seu nome, a mesma invocação ao Coração Imaculado de Maria. Deus, no Dogma da Comunhão dos Santos aplicará em favor destas pessoas, as preces dos seus irmãos, junto aos méritos de Maria Santíssima.Ninguém estranhe que: um quadrado de tecido verde, com a efígie do Coração de Maria, a Benção da Igreja e os méritos da Nossa Mãe Celeste, obtenha tantos prodígios para o corpo e para a alma e no proteja dos perigos, pois Deus nunca se mostra tão grande quando Se serve das coisas mais insignificantes para patentear seu Poder Onipotente e a sua Misericórdia.
Não se serve, Ele, da água para nos manter, e a todos os animais e plantas, na vida? E esta mesma água, aplicada, no Sacramento do Batismo, em Nome do Pai, do Filho e do Espírito santo, não nos muda, de simples criaturas em filhos de Deus e de Maria Santíssima, em irmãos dos Anjos e dos Santos e herdeiros do Céu?!Propaguemos o Escapulário Verde, para honra e triunfo do Imaculado Coração de Maria e para salvação eterna dos nossos irmãos, que custaram os sangue Bendito do Nosso Divino Salvador e tantas Dores e Lágrimas à Nossa Mãe do Céu: .procedendo deste modo, estamos bem seguros, pois Sua Santidade Pio IX, representante de Cristo na terra, o abençoou e aprovou, por duas vezes: em 1863 e 1870.

Nossa Senhora à Sóror Justina Bisqueyburn "...Este Escapulário não é como os outros (que não é a roupa do hábito de uma confraria), mas apenas duas imagens sagradas em um único pedaço de material.Portanto, nenhuma fórmula especial é necessário para abençoá-lo ou inscrever-se em confrarias. Basta que ele seja abençoado e usado por aquele a quem desejamos beneficiar por intercessão de Nossa Senhora. Se, por outro lado, a pessoa é incapaz ou mesmo não disposto a usá-lo ou carregá-lo, pode até ser colocado, sem o conhecimento da pessoa, em suas roupas, quarto, ou posses... Há apenas uma oração que precisa ser dito, pelo menos uma vez por dia ". Imaculado Coração de Maria, rogai por nós agora e na hora de nossa morte" Se a pessoa que é o beneficiário do uso do Escapulário não dizê-lo, então alguém pode dizer que em seu lugar. O Escapulário Verde pode ser usado em qualquer lugar, por  qualquer um. As maiores graças são anexadas ao seu uso, mas essas graças são mais ou menos grande em proporção ao grau de oração, amor e confiança da pessoa. " Este foi o significado dos diferentes tipos de raios que caiu das Mãos da Mãe de Deus na última Aparição.
Fonte: Universo Católico

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Devoção à Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa


            Foi na segunda aparição a 27 de novembro de 1830, em Paris, na França; que Nossa Senhora apareceu a uma das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, à humilde noviça Santa Catarina Labouré. Ela descreve como lhe foi revelada a Medalha da Imaculada Conceição:           
            A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.
 
 Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:

 "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“
  
Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, de repente, o globo desapareceu e suas mãos se estendem suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras em letras de ouro:

"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".

Virou-se então o quadro, aparecendo, no reverso, um “M" encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede:

’'Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança. “

 E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo se espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: ”A Medalha Milagrosa".




  Catarina Labouré foi beatificada pelo Papa Pio XI em 1933 e canonizada no dia 27 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII. Cinquenta e seis anos após sua morte, o corpo de Catarina foi encontrado inteiramente incorrupto, e é como se encontra ainda hoje na capela das Irmãs da Caridade, na Rue du Bac, em Paris.


Fonte: Últimas e Derradeiras Graças
           Revista Catolicismo  

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A ALMA DEVOTA DIANTE DO CORAÇÃO DE JESUS



"Vinde a Mim vós todos que andais em trabalhos e estais sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Quão doces e consoladoras são essas palavras! Eu ouço que Jesus as repete enquanto prostrada diante de Sua divina imagem, contemplando seu Coração, transpassado, ardendo de santo amor. Eu ouço que Ele me diz: Vem, ó sim, vem alma débil, órfã, abandonada e atirada de encontro aos escolhos do mar procelado deste mundo. Tu que sentes o peso das fadigas, que almejas pelo descanso, vem, vem depressa ao Meu coração. Ele está aberto para ti, ser-te-á conforto em todas as dificuldades. E quem pode, oh Jesus, resistir aos encantos do vosso amor? Quem não correrá ao vosso convite?
Quanto a mim, eu me prostro diante de Vós, oh Coração divino, diante de Vós que sois a fonte da vida, eu venho desabafar o que me vai n'alma, venho procurar aí a paz que não posso encontrar em outro lugar. Ofereço-vos, pois, um coração que deseja ser vosso para sempre. Mas, de outro lado, como poderei eu aproximar-me deste Vosso Coração, como poderei entrar nesse Santuário da Divindade, eu, tão imunda, tão pecadora? Não deverei antes, temer ser repelida?... Oh, não temas, alma minha, aquele Coração está aberto para todos, entra, portanto, sem receios, que o justo aí encontra um descanso suave, reacendendo-se-lhe em novas chamas de amor. A alma pecadora encontra aí a paz, aí fica ele ciente de quanto é doce o Senhor. Naquele lugar o mundo, os prazeres, tudo desaparece da alma, e um salutar arrependimento toma o lugar dos terríveis remorsos de uma vida de pecado. é naquele lugar que as almas aflitas recebem o conforto, é de lá que aparece a luz nas dúvidas, a força contra os ataques de inimigos, a alegria na dor. Consola-te, alma minha, que Jesus está disposto a perdoar-te e encher-te de graças, nada mais exigindo de ti que um pouco de amor. Amor! Quão doce é esta palavra: amor! Ó meu Jesus, poderei eu deixar de vos amar, agora que conheço que sois o único bem que merece amor?
Oh! eu Vos amo, meu Bem, eu Vos amo sobre todas as coisas. Bastam os desvarios que cometi, dirigindo para as criaturas as minhas afeições. E esperava eu, então, satisfazer as exigências do meu coração, amando as criaturas, mas foi em vão. Vós, me fizestes para Vós, ó Deus, e nós, não podemos achar a paz, a satisfação senão em Vós.
Agora, porém, que Vos achei, meu Jesus, tomai posse do meu coração e não desprezeis o humilde oferecimento que dele Vos faço. Dirigi, sim, os Vossos olhares complacentes de Pai sobre ele e aleitai-o com amor. Meu Jesus, minha vida será toda pra Vós e Vosso Coração será meu refúgio e a Ele serão sempre dirigidos os meus afetos. Mas, Jesus, eu sou tão fraca, as tentações me assaltam furiosamente, e o meu coração, padecendo as amarguras de uma vida de sofrimento, está prestes a cair no desalento. Meu Jesus, dai-me forças, dai-me ânimo.
Seja o Vosso Coração coroado de espinhos, transpassado por lança cruel, seja a arca da minha salvação onde eu possa recolher-me nas tempestades, seja ela a minha força nos incômodos inevitáveis, mas pelas quais é cercado o Vosso Coração, aqueçam também o meu e aticem nele a chama do Vosso amor. Desta forma eu não viverei senão em Vós e Vós sereis a vida do meu pobre coração.